Andy (Alesi)
Registado em: Segunda-Feira, 4 de Agosto de 2008 Mensagens: 1523
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Enviada: Qua Ago 13, 2008 9:30 pm Assunto: Músculos utilizados no karting |
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Músculos utilizados no karting
As primeiras experiências para um novo piloto que senta num kart podem ser “traumáticas”, depois de um par de voltas começam a sentir as deficiências físicas inerentes.
Estas deficiências devem-se à intervenção de diversos factores, mas fundamentalmente, à posição de maneio sacrificada, adoptada na condução.
Cada movimento do kart, sem suspensão, é transmitido directamente à coluna do piloto, sobre toda a sua zona cervical e lombar, provocando pequenos mas contínuos traumatismos.
Quando um piloto “ataca” uma curva, existe uma força centrífuga que empurra o corpo do mesmo para o exterior da curva, levando esta à fadiga muscular.
A coluna cervical, ponto “muito castigado” do corpo e onde recaem as maiores solicitações mecânicas é mais um ponto onde as forças actuam.
Para manter a cabeça na posição vertical, o piloto terá de resistir, antes de mais, à força centrífuga que empurra o capacete para a parte externa da curva, que provoca um aumento da pressão endomuscular, tornando-se os músculos rígidos já que estão mais necessitados de “oxigénio”, diminuindo assim a probabilidade de conduzir sobre as condições mais favoráveis.
Os braços e mãos estão sujeitos a forças tremendas e mais uma vez quando em curva, essas fazem-se notar com uma maior intensidade, tendo estes que agarrar o volante e ao mesmo tempo virá-lo e/ou segurá-lo.
Por último as pernas têm uma função ”contrária” no que respeita ao comportamento de uma em relação à outra. Geralmente, quando a perna direita acelera os músculos contraem-se pela força instantânea que aplicamos no acelerador, mas esta é feita de uma forma progressiva. Quanto à perna esquerda, o esforço feito nos músculos é mais “instantâneo” já que quando se utilizam, geralmente, é para carregar de forma abrupta no pedal do travão, exigindo um maior esforço deste do que o solicitado no acelerador. Enquanto uma perna é utilizada, geralmente a outra encontra-se em “repouso”.
Ao contrário do que várias pessoas pensam, o kart é um desporto muitíssimo exigente e que exige dos seus praticantes um esforço tremendo quer a nível físico, quer a nível psíquico (que se nota com mais intensidade quando em competição).
Posição de base: em competição são possíveis todas as posições de ajuste da “backet”. Trata-se de encontrar a melhor posição para se obter o melhor tempo possível, sacrificando-se, não poucas vezes, a correcta colocação de condução. Neste desporto é relativo a correcta colocação de condução de um piloto, já que todos os fabricantes de chassis têm as suas medidas standard ás quais, quase todos, os pilotos se adaptam.
Músculos que intervêm em cada volta de kart:
1º grupo – Extremidades superiores e cintura “escapular”. Músculos são expostos a continuas contracções, tanto isotópicas como isométricas.
2º grupo – Extremidades inferiores e cintura pélvica. Ajudam a suportar a postura do tronco e a aceleração ou travagem nos pedais.
3º grupo – Músculos do abdómen, que representam uma conjugação entre os músculos das extremidades superiores e das inferiores suportando assim todo o corpo.
Qualidades físicas básicas de um piloto:
1º Velocidade Gestual: componente muscular e coordenação visual perante um estímulo. Esta velocidade supõe desencadear uma série de movimentos com a máxima rapidez.
2º Velocidade de Reacção: é o tempo que leva entre o início de um estímulo e a resposta dada. Um factor importante é a antecipação, que não é mais do que perceber uma acção antes de esta se realizar, com o fim de estar em condições favoráveis de a resolver assim que surja. As acções de um piloto devem resultar de uma boa coordenação de gestos precisos e rápidos que precedem permanentemente as reacções do kart.
Resistência: no karting a resistência é muito difícil de definir especificamente, já que variam de umas competições para outras e varia com os circuitos, a altitude a que se realizam, entre outros factores.
Força: No karting são feitos esforços estáticos significativos, pelo que são necessários esforços “titânicos” durante a realização da sua prática. A fadiga, neste desporto, surge com relativa rapidez devido aos esforços despendidos.
Flexibilidade: é a qualidade, com base na mobilidade articular, extensibilidade e elasticidade muscular, que permite ao piloto realizar acções que necessitam de grande destreza e agilidade.
P.S. alguma da informação foi retirada de EFDEPORTES
Contribuído por kartmen, (Forista do AS) _________________ "Comigo, tudo é afectivo. Eu funciono assim, com o coração. Isso tem suas vantagens e seus inconvenientes."
Jean Alesi |
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