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Andy (Alesi)

Pedro Matos Chaves critico não afasta candidatura à FPAK

Pedro Matos Chaves deu uma entrevista à revista semanal AutoFoco onde fez uma radiografia dos automobilismo nacional e onde não colocou de lado a possibilidade de se candidatar à presidência da FPAK nas eleições de 2010.

Para o ex-campeão de ralis o panorama actual não é animador, "vejo o mesmo que toda a gente, pois o automobilismo nacional corre ao sabor do venro". O problema rseide no facto da FPAK ser "reactiva em vez de pró-activa, tentando apenas apagar fogos em vez de fazer mudanças de fundo ou estruturar".

O piloto do Porto não se fica pelo superficial, aponta mesmo casos concretos, como por exemplo ser "impensável que eu ou o Adruzilo Lopes, Paulo Antunes ou Ricardo Teodósio possamos fazer o Open de Ralis(...) Então não há competições para iniciados?" Matos Chaves desvalorizou o Campeonato Junior de Ralis que corre em conjunto com o Open.

Matos Chaves verbalizou muitos dos comentários que se vão ouvindo pelos bastidores em 'off' e considerou que não é ingénuo para acreditar que não há política no desporto. "O Open tem mais provas que o nacional... Esse número irá baixar em 2010 mas... será que está tudo rico? Ou será por haver eleições e ser necessário ter 10 clubes a organizar?..." Convém realçar que a redução de provas ocorrerá no ano das eleições, ou pelo menos está prevista.

Para mostrar mais problemas, virou-se para o PTCC para referir a tão falada questão dos pneus. "O pneu único para o PTCC custa o mesmo que numa qualquer casa comercial, quando a intenção era baixar os custos. Mas depois o piloto ainda tem de ir ao pódio com o boné da marca e fica com menos espaço para os patrocinadores."

Regressando aos ralis, levantou o problema dos reconhecimentos que "são regulamentados mas não são fiscalizados" ou do Hans que "se tiver folga não trabalha bem, mas não há ninguém a ensinar a colocá-lo e muito menos a inspeccioná-lo." Matos Chaves refere ainda o problema dos GT's nos ralis, que após tanta expectativa acabam relegados para o campeonato de 2 litros / 2 rodas motrizes. "Em época de crise o Porsche do Mex não pode roubar pontos?" Matos Chaves recordou os anos a fio em que perdia pontos para "os estrangeiros nos ralis de Portugal, Madeira e Açores. Então vai mandar-se o Porsche para casa?" Ainda voltou ao Open de Ralis para referir que este campeonato não está em crise "o que é indicativo de que há regras mal feitas."

Para além de ter enumerado mais problemas, tocou na temática do custo das inscrições defendo uma redução deste, "pois nada se faz para proteger os participantes e faz-se demasiado pelos clubes." Matos Chaves considera que faz falta um caderno de encargos para os organizadores de modo a "penalizar, com a saída, o pior rali do campeonato. Mas há política, votos, amizades e o desporto acaba por andar aos tombos."

Estando actualmente a acompanhar Filipe Albuquerque no A1 Team Portugal, Chaves lamentou ainda a falta de apoio aos jovens pilotos do karting, modalidade que considera "disciplina abandonada, recheada hoje em dia de lamentáveis cenas de pancadaria entre os pais e em que as inscrições custam o triplo de Espanha."

Depois de uma radiografia tão negra e de inúmeras criticas coloca-se a questão: Não será Pedro Matos Chaves com a sua experiência um bom candidato à FPAK? A resposta é o piloto que a dá: "De momento não tenho no horizonte a FPAK, mas não digo que um dia não me possa interessar por essa questão 24 horas por dia." Para tal considera necessário ter certas garantias, e condições, como a importantíssima questão das finanças da FPAK, já que "se não estiver bem, cairá por terra qualquer programa que se tenha para melhorar. Ou não fossem precisos ovos para fazer omoletas..." Matos Chaves realçou nesta entrevista a questão da situação financeira da FPAK, como a principal condição para ponderar uma candidatura à FPAK, isto numa altura em que nos bastidores muito se fala de crise financeira no orgão federativo.

Para concluir, fica esta frase de Matos Chaves: "Teria de haver uma mudança radical, pois há muitos interesses instalados e torna-se muito difícil as pessoas mudarem radicalmente. E se essa mudança radical não acontecer, o automobilismo nacional tem os dias contados."

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"Comigo, tudo é afectivo. Eu funciono assim, com o coração. Isso tem suas vantagens e seus inconvenientes."

Jean Alesi

Andy (Alesi) · Enviada: Seg Dez 29, 2008 9:05 pm Assunto:

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